Um terremoto de sete graus na escala Richter transformou o Haiti num cenário de caos e destruição. O governo já fala em mais de 100 mil mortos. Vinte e quatro horas depois do primeiro tremor, o desespero toma conta das ruas da capital, Porto Príncipe. A reportagem é da correspondente Giuliana Morrone.
“O mundo está acabando!”, gritou uma mulher, enquanto tentava registrar as primeiras imagens da tragédia no Haiti. Eram 17h de terça, horário local, 20h no Brasil, quando um terremoto de sete graus de magnitude atingiu em cheio a capital do Haiti, Porto Príncipe, se estendendo também até Santo Domingo, na República Dominicana, e na ilha de Cuba. Em pouco mais de um minuto, Porto Príncipe estava devastada. A cidade foi coberta por uma onda gigantesca de poeira e veio o caos.
Moradores vagavam sobre pedras de concreto, que antes eram casas. A mulher, com a criança nos braços, andava pelas ruas sem ter para onde ir.
A menina se desesperou ao ver a amiga no chão. O garoto ficou com as pernas presas em blocos de concreto. Nas ruas, olhares perdidos das vítimas em busca socorro. Civis carregavam feridos. O terremoto foi seguido de 30 tremores. A noite chegou, revelando ainda mais a violência do terremoto em Porto Príncipe. Pilhas de concreto sobre as vítimas, gritos de socorro.
Na universidade, moradores tentavam ajudar estudantes, professores e funcionários que ficaram presos nos escombros. A cada hora, o trabalho de resgate ia ficando mais difícil.
Soldados brasileiros das Nações Unidas partiram para o trabalho de socorro às vítimas. Na manhã desta quarta, em meio à multidão, o menino olhava aterrorizado. Corpos no chão, nas ruas onde as vítimas esperavam ajuda. Pelo menos três milhões de pessoas foram atingidas pelo terremoto no Haiti. O presidente René Préval falou com autoridades americanas e contou que os estragos são incalculáveis. Préval alertou que milhares de haitianos podem ter morrido, na maior catástrofe dos últimos 200 anos no país.
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